CCM

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O que é CCM

Olá, pessoal. Aqui vou procurar algumas definições e opiniões sobre o que é a "CCM -  Contemporary Christian Music", os prós e os contras desse fenômeno da música atual.

Marcadores:

posted by Caio Mendes at 23:42 0 comments

História da CCM

Música Cristã Contemporânea.

Nos anos 90 um gênero de música, desconhecido da maior parte da América, começou a abrir caminho através da cena da música popular americana. A Música Cristã Contemporânea teve suas raízes no gospel sulista e na música gospel, mas somente começou a ser notada por um público maior quando a industria da música mudou a maneira como controlava as vendas de discos na metade dos anos 90.


Na década de 60, a Capitol Recors vetou um hippie louro chamado Larry Normam porque ele queria chamar seu disco de "Nós Precisamos de Muito mais de Jesus e Muito Menos Rock and Roll". Em resposta, Normam decidiu fabricar e distribuir seus próprios discos. Os discos de Norman chocaram tanto os religiosos quanto os não religiosos. Ele misturou as suas convicções cristãs ortodoxas com observaçoes culturais sinceras em canções como "Porque você não olha para Jesus", que continha as linhas "Gonorréia no dia dos namorados, você continua procurando pela deitada perfeita, você acha que o rock vai te libertar mas você vai estar morto antes de completar 33 anos de idade".


Em pouco tempo os sonhos de liberdade artística de Normam tornaram-se pesadelos quando os executivos tomaram o estilo e tornaram o gênero que, diferentemente dos artistas que sonharam em cantar músicas sobre Jesus para não-cristãos, rapidamente focaram no mercado de discos para crentes.


A CCM se tornou uma grande industria, cantando e promovendo artistas que eram encorajados a fazer estritamente discos religiosos que eram carregados de teologia mas carentes de relevância no mundo real. A CCM também começou a oferecer ao público os artistas seculares recordistas de vendas que experimentaram a conversão ao Cristianismo, ajudando-os a distribuir discos religiosos que alienaram os fãs de longa data e que também não poderiam ser distribuidos pelos canais convencionais da música.


Chegando os anos 80, outros estúdios se tornaram receptivos à música cristã, e permitiram aos artistas mais flexibilidade com relação às letras das músicas. Em 1983 uma banda heavy metal chamada Stryper, composta de cristãos renascidos da cena do metal de Los Angeles, assinou um contrato de disco com o selo "secular" Enigma, que havia produzido muitos dos primeiros artistas de metal. Em 1985 Amy Grant assinou se próprio contrato direto com a A&M que deu a ela um single entre os 40 melhores com "Find A Way", e levou-a a dois singles número um "The Next Time I Fall", em 1987 e "Baby, Baby," em 1991.


Leslie Phillips largou a CCM em 1987, mudou seu nome para Sam, e assinou com a Virgin Records, uma compania com a qual ela gravou vários duramente criticaso albuns barulhentos. Michael W. Smith assinou com a Geffen em 1990 e produziu um hit número seis com "Place In This World".



Com o sucesso comercial de Grant e outros, muitos artistas CCM não mais quiseram ser identificados por este rótulo, preferindo serem conhecidos simplesmente como artistas. Na visão deles, ser identificados por suas crenças espirituais e religiosas limitava o desejo da industria da música de disseminar sua música e alienava os consumidores. Muitos desses artistar deixaram os seus selos CCM e assinaram com selos de gravadoras "seculares" ou conseguiram que seu discos fossem distribuidos em ambos mercados, "cristão" e "secular". Na metade dos anos 90 artistas como DC Talk, Jars of Clay, Bob Carlisle, Kirk Franklin, Fleming and John, Julie Miller, BeBe and CeCe Winans, a banda punk MxPx, Jon Gibson, assinaram com selos seculares.



A atração dos artistas cristão pelos selos "seculares" aumentou com a introdução de um novo modo de calculo das vendas de discos. A introdução da SoundScan, um novo sistema de rastreamento, trouxe a atenção para CCM em meados de 1990.


SoundScan substituiu as historicamente duvidosas ligações telefônicas de empregados de lojas de disco para pontos eletrônicos de rastreamento de vendas. A SoundScan também começou a catalogar vendas em livrarias cristãs. O resultado subtamente deu a CCM visibilidade aumentada na cultura popular enquanto muitos artistas que anteriormente eram desconhecidos fora da comunidade cristã começaram a se descobrirem com discos de sucessos.



Jars of Clay, uma banda estreante formada numa faculdade em Greenville, Illinois, foi talvez a primeira destas histórias de sucesso. Assinaram com um pequeno selo CCM chamado Essential Records, seu albúm de estréia vendeu muito bem no mundo cristão até que um single, "Flood" (Dilúvio), chamou a atenção de programadores de rádio que gostaram da música, e, sem saber uma música advinda de uma banda "Cristã", começaram a difundi-la via rádio de várias formas. Em pouco tempo "Flood" tornou-se um "smash hit" tocado em alta-rotação no canal de TV a cabo VH-1 e vários outros canais de video-música. O selo grande gravadora Zomba, que havia recentemente comprado o selo em que se encontrava o Jars, relançaram o disco no grande mercado e os garotos do Jars of Clay -como eles são carinhosamente conhecidos- entraram tourné com artistas como Sting, Jewel, e the Cowboy Junkies. Seu segundo lançamento "Much Afraid", se beneficiou da SoundScan e debutou como número oito na parada de álbuns da Billboard.


Outra banda que se beneficiou do crescimento da atenção que a SoundScan trouxe para a CCM foi a banda formada na Jerry Falwell's Liberty University na década de 80, formada por tres jovens, um negro e dois brancos, oriundos da área de Washington, D.C. DC Talk, como eram conhecidos, começaram como uma banda de rap mas envolveram-se ao longo dos anos com um som grunge-pop que culminou em seu lançamento "Jesus Freak" (Maniáco por Jesus), em 1995. A SoundScan registrou o grande lançamento de "Jesus Freak" nos gráficos da Billboard e houveram muitos executivos da industria perguntando a respeito de DC Talk. Kaz Utsunomiya, um executivo da Virgin Records enviou um de seus assistentes à Tower Records para conseguir uma cópia do álbum e gostou do que ouviu. A Virgin logo assinou com DC Talk um acordo singular que fez deles artistas da Virgin mas permitiu que o selo CCM de DC Talk, o Forefront, continuasse distribuindo para o mundo das livrarias evangélicas. A Virgin também lançou o single "Just Between You And Me", que acertou a lista dos 40 mais. E o álbum sequinte de DC Talk "Supernatural", mostrou a força da banda, aparecendo como número quatro no ranking. Espremidos entre Marilyn Manson e Kiss nos gráficos, a estréia foi cheia de simbolismo, por Mason ser um satanista assumido e Kiss, haviam sido rotulados -provavelmente injustamente- como satanistas durante anos por cristãos que estavam convencidos de que as iniciais da banda significava algo estrano como "Kings In Satan's Service."


Mas o grande triunfo pertenceu a um artista incomum chamado Bob Carlisle que veria o seu disco Butterfly Kisses, retirar as Spice Girls do topo das paradas...

fonte: St. James Encyclopedia of Popular Culture. ©2005-2006 Thomson Gale, a part of the Thomson Corporation. All rights reserved.

Marcadores:

posted by Caio Mendes at 23:33 0 comments